sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Lelê e o Museu de Chocolate - 3

É que no fim do Museu tem uma loja de chocolate gigante!

E essa parte é a mais legal, porque no resto do museu a gente vê o chocolate, mas aqui a gente pode comer, e chocolate é melhor de comer do que de ver. Eu até subi no ombro do meu tio para tirar uma foto de um pedaço da loja:

Tinha um monte de chocolate que eu nunca tinha visto na vida, com um monte de recheio doido: de pêra, de cereja, de laranja, de chocolate muito preto com muito cacau, de café, de hortelã e até de pimenta.

Eu enchi a mão de chocolate, mas nessa hora eu queria ser que nem aqueles monstros de mãos grandonas para poder carregar mais. Quando o meu tio me viu de mão cheia, fez uma cara meio feia e perguntou: "O que é isso na sua mão?"

Eu respondi: "Chocolate."

E ele perguntou: "E aonde o senhor vai com esse chocolate?"

Aí eu vi que eu estava ferrado, porque quando chamam a gente de senhor é fogo. Então eu tentei ser esperto e falei: "É para a gente dividir, tio."

Mas o meu tio continuou com cara de bravo e falou "Não, senhor. Esse chocolate vai estragar o nosso almoço."

Então eu achei aquilo a maior injustiça e perguntei: "Por que que é o chocolate que estraga o almoço e não é o almoço que estraga o chocolate? Eu acho que a gente podia almoçar o chocolate, e eu sei que o senhor também gosta de chocolate à beça, e eu não entendo porque a gente tem que comer uma coisa que gosta menos se tem uma coisa que a gente gosta mais."

Aí o meu tio coçou a cabeça, que ele tinha raspado careca mas que agora já está com um pouco de cabelo, e falou: "Tá bom, Lelê, me convenceu. Mas não fala nada para a sua mãe, porque se ela souber que a gente almoçou chocolate..., tadinho de mim."

Então a gente comprou um monte de chocolate, dois refrigerantes (porque chocolate dá a maior sede) e foi almoçar na escada que fica na frente do Museu.

O meu tio me fez prometer que eu não ia falar nada para a minha mãe e eu prometi.

E agora eu não estou falando, estou escrevendo. Se ela ler isso daqui e descobrir, eu não tenho culpa. Só que aí..., tadinho do meu tio.

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